Hoje, sobre o PS/Federação de Coimbra

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Começo por citar um grande estadista inglês, com quem aliás muito aprendi nos seus escritos: Winston Churchill. Certa vez um jovem deputado conservador, então na oposição, pediu-lhe que o deixasse ficar na primeira fila do parlamento para melhor atacar os seus inimigos do Partido Trabalhista. W. Churchill respondeu-lhe: Meu caro amigo está enganado e vai ficar na última fila, porque daí consegue ver bem os seus adversários político a quem chama de inimigos. E fica na última fila porque assim também pode ver os seus inimigos que, a existirem, estão entre os seus colegas de bancada.

Citei este estadista, porque é rigorosamente verdade o que ele disse. Como é público, está a decorrer o meu julgamento, sobre o qual não me vou pronunciar, a não ser para rectificar o que alguns vão escrevendo.

O Sr. Rochette (com dois t) afirmou em Tribunal, o que de resto já tinha feito na Polícia Judiciária, que eu tentava condicionar o voto, esquecendo-se que só poderia fazer esta afirmação se ela fosse confirmada pelos outros dois vereadores do PS à época, Rodrigues Costa e Carvalho Santos. Não só não confirmaram como o desmentiram.

Como afirmou em Tribunal que sempre pensou pela sua cabeça, deixo-lhe o desafio de responder à seguinte pergunta: já mediu o espaço do Jumbo, no Dolce Vita, como se comprometeu à época, para sabermos se é uma Grande Superfície ou não? Já se esqueceu da Declaração de Voto que eu próprio fiz e todos assinaram?

O Mário Ruivo, com o pomposo estatuto de testemunha de acusação, foi também desmentido pelo Vassalo Abreu. Como se alguém acreditasse que era eu que tinha acesso à informação da Segurança Social e ao dossier que confirmou ter-me entregue.

Julgo que, agora, todos percebem melhor que Winston Churchill foi um grande estadista e Homem de grande perspicácia e inteligência.

Mas, também li, já não me lembro onde, que um tal de “Marcelino Cardoso” das Torres do Mondego, acusa o Victor Baptista e Luís Vilar, sobre as eleições naquela Freguesia. Já nem me recordo deste senhor, a não ser pela esmagadora maioria dos militantes da Secção que nem queriam ouvir falar do nome dele. Esqueceu-se até que, da última vez, eu já não era Presidente da Concelhia.

Utilizando mais ou menos as palavras do Nuno Filipe, este estado de coisas não é o verdadeiro PS em que todos, apesar de diferentes pontos de vista que pontualmente tínhamos, nos revíamos com a amizade, tolerância e solidariedade em todos os momentos.

Recordo-me das lutas internas entre o saudoso Dr. Fernando Valle e o Dr. Manuel Machado, da pugna nacional entre Jorge Sampaio e António Guterres em que estivemos em campos opostos, mas que não nos impediu de nos respeitarmos e juntarmo-nos no essencial, como foi o caso do empenho de ambos nas Presidenciais que Jorge Sampaio ganhou, era eu Presidente da Concelhia e o Nuno Filipe, Director de Campanha.

Tornamos a divergir agora nestas eleições internas, apesar de ambos estarmos afastados das lutas internas partidárias, na minha opinião porque o sonho, a utopia, o pensamento livre, o inconformismo e a solidariedade não podem ser meras figuras de retórica.

O Victor Baptista poderia ser hoje, assim o tivesse querido em 2005, tal como aconteceu em 1995, Presidente do IEFP, Presidente do Metro, da Segurança Social, Governador Civil, para não falar de outros lugares em Lisboa. Todos eles a ganhar bem mais dinheiro e com mais tempo disponível para se dedicar e influenciar as lutas internas no PS.

Não quis e fez bem, porque tem sido mais útil no Parlamento a defender o Governo do PS, conforme demonstra o estudo feito por entendidos e publicado nas Beiras.

Se a esta razão de ordem política, acrescentarmos que nos últimos 2 anos o PS/Federação de Coimbra, sob a liderança de Victor Baptista, passou de 5 para 9 Câmaras em 2009, tornando-se maioritário no Distrito, e ganhou as Legislativas/2009 com uma percentagem superior à média nacional do PS, não vejo motivos para mudar o meu sentido de voto.

Tanto mais que o Victor ainda apresenta e representa o inconformismo e o pensamento livre em defesa de Coimbra que, como atrás afirmo, não podem ser meras figuras de retórica.

2 Comments

  1. Pingback: Luís Vilar

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