Foto Jot'Alves

Os festivais realizados sob o signo Figueira Gastronómica são como o vinho do Porto: a evolução nota-se, de ano para ano. Contudo, a opinião pública considera que os preços deviam ser mais… “festivaleiros”. Ressalva-se, porém, que a organização (Associação de Hotelaria e Restauração do Centro em parceria com a empresa municipal FGT) tem apelado aos restaurantes aderentes para reduzirem a margem de lucro.

Por sua vez, os empresários de restauração afirmam que a tabela de preços praticada é a mais baixa possível. A evolução nota-se ainda ao nível da qualidade, incrementada através das regras entretanto criadas, e melhoradas, para os restaurantes aderentes. Sendo verdade que os festivais gastronómicos têm vindo a melhorar, também não é mentira que a evolução deve dar lugar a uma revolução. Isto ainda segundo a opinião pública. E a organização concorda. A mudança reclama um espaço público que possa acolher os diversos eventos gastronómicos, sem estes terem que abandonar os restaurantes.

Formato misto

Mário Esteves, vice-presidente da referida associação, advoga que o recinto, localizado na zona do Bairro Novo, deve servir como montra e plataforma de divulgação dos festivais. O empresário vai ao pormenor de avançar de propor degustações, workshops, animação e espaços gastronómicos.

Assim, no seu entender, o espírito de festival seria enfim aplicado, remetendo para os restaurantes aderentes um serviço mais confortável e completo. A FGT vê com bons olhos aquela proposta, que poderá ganhar forma já no próximo ano. Entretanto, mantém-se a água na boca, com o Mês das Caldeiradas, o quarto dos seis festivais da Figueira Gastronómica deste ano.

Ano preenchido. A temporada começou em Fevereiro, com o Festival do Sável e da Lampreia. Seguiu-se o Festival de Peixes Tradicionais, em Abril. A Festa da Sardinha realizou-se em Junho e o Festival do Marisco no mês seguinte. O calendário fica concluído com o Mês do Bacalhau e seus Derivados, em Novembro.