Esquema de funcionários da Câmara da Figueira terá lesado o município em valores incalculáveis

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Cerca de um terço do total dos funcionários da Divisão de Higiene e Limpeza da Câmara da Figueira da Foz está sob suspeita de diversos atos ilícitos criminais e disciplinares, como adiantou o DIÁRIO AS BEIRAS na semana passada. Neste momento, aguardam o resultado dos inquéritos internos. Entretanto, foram conhecidos novos elementos que sustentam os processos disciplinares.

Ao que foi possível apurar, o “polvo” tinha vários tentáculos e as suas ventosas agarraram-se a diversos esquemas que, ao longo de vários anos, terão lesado o município em valores por ora incalculáveis. Alegadamente, a cabeça era o encarregado-geral, Carlos Pascoinho, entretanto suspenso no âmbito de um processo disciplinar. A nossa fonte afirma que os funcionários envolvidos atuavam em diversas frentes.

Desde retirar o cobre dos eletrodomésticos recolhidos das ruas pelos serviços municipais para posterior venda, passando pela trasfega de combustível de viaturas de serviço para as suas próprias viaturas, a lista é grande. Os tentáculos estender-se-iam também à utilização de viaturas da autarquia para serviços de mudanças, alegadamente pagos.

Em fase de inquéritos internos, afiança a mesma fonte, foi ainda detetada a venda de produtos de limpeza a uma empresa, a preços abaixo do mercado. Ao que tudo indica, o polvo navegava em águas profundas e tranquilas, nas instalações da referida divisão camarária. Presume-se que havia funcionários quase exclusivamente dedicados às atividade extracurriculares, mas lucrativas.

Receber sem trabalhar

Ainda segundo a nossa fonte, vários dos funcionários assinavam o ponto e não cumpriam o horário. Assim, ficavam com tempo livre para se dedicarem aos negócios de uma “sociedade” secreta. Alguns deles terão mesmo recebido horas extraordinárias da câmara sem terem executado o trabalho, através de declarações viciadas.

O esquema foi denunciado por um funcionário, o atual executivo instaurou inquéritos e processo disciplinares e enviou-os ao Ministério Público. Por sua vez, a Polícia Judiciária investiga o “polvo” que não se dedicava a adivinhar o desfecho de jogos de futebol, mas que terá obtido resultados positivos para os jogadores que não respeitavam as regas do jogo.

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