Uma vez que é um conceito universalmente aceite que a melhor forma de governar um Estado é através dos partidos políticos, isto deve pressupor que os partidos políticos devem ter o sentido e a responsabilidade de Estado. Sendo assim, será mais importante merecer ganhar as eleições do que ganhá-las.
Dado que a história encerra quasi sempre uma demagogia despudorada em promessas antecipadamente sabendo que é irreal prometê-las porque não podem ser cumpridas.
Merecer ganhá-las encerra seriedade em actos e conhecimento real sobre o momento de como está o país e que a doença de que sofre está assim, diagnosticada e que é possível tratá-la. Não há, nem pode haver atenuantes para o fracasso se o sacrifício exigido, e é cada vez maior e galopante, redunda em cada vez mais desolação.
Merecer ganhá-las e criar responsabilidade em todo o partido, implantar em todos os homens nos estragos dos problemas, no seu equacionamento e nas soluções. Não é pensamento dixit e tira a finta quando o que o chefe disse. É a independência do pensamento , é a maioridade da consciência quando se tem q quando se está. Hoje já não há ilusões, quanto mais certezas.
Isto também obriga que essas minorias conheçam os problemas e as soluções e que o presidente não seja obrigatoriamente o candidato a primeiro-ministro, mas aquele que maior aptidão tenha para exercer o poder que pode ser até alguém extra-partidário.
Eu sou apologista que cada partido tenha três impressoss:
– impresso dos políticos
– impresso das propostas
– impresso dos políticos e propostas em que estes (os que conhecem os problemas) tenham maior peso.
Isto é o elixir duma boa governação, se inspirada na aristodemocracia, em que a lealdade é o factor importante.
Ame-se Portugal!