Festival das Artes regressa sob o signo da paixão

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A qualidade e a diversidade – os dois vectores que lhe deram forma – contribuíram decisivamente para uma extraordinária adesão do público à segunda edição do Festival das Artes de Coimbra, que domingo encerrou na Quinta das Lágrimas.

De acordo com Margarida Mendes Silva, elemento da direcção do festival, tratou-se de “uma aposta absolutamente ganha em termos de público”. Nesta segunda edição do Festival das Artes, disse a responsável ao DIÁRIO AS BEIRAS, conseguiu-se “uma resposta muito positiva da cidade” e essa é uma realidade “que importa destacar”, sublinhou ainda.

Juntando aos dois factores (qualidade e diversidade) que mais terão contribuído para a forte presença de público, uma maior concentração no tempo e os preços propositadamente “acessíveis”, conseguidos graças à política activa de “parcerias e mecenato”, Margarida Mendes Silva disse que esta é uma estratégia a prosseguir no futuro.

Recorde-se que, para os 42 eventos – repartidos pelas áreas da música, artes plásticas, património, coreografia, cinema, palavra, conferências e gastronomia –, realizados em 17 dias, a organização do festival estabeleceu preços de entrada a variarem entre os cinco e os 10 euros, com a possibilidade de descontos de 50 por cento.

Ora, para a responsável, estas estão entre as razões directas do sucesso de público, que fez com que a média de espectadores por concerto rondasse os 570 (com a Orquestra Metropolitana de Lisboa a registar 850 e a Orquestra Gulbenkian uns extraordinários 1.250 espectadores). Mas, destacou ainda Margarida Mendes Silva, outros dois espectáculos – “A menina do mar”, por Beatriz Batarda e Bernardo Sassetti, e “Maiorca”, pela Companhia Paulo Ribeiro – contaram com mais de cinco centenas de espectadores.

A memória de Inês

E é a partir deste balanço “muito positivo”, com uma decisiva adesão da cidade, evidente nos números que dizem que 70 por cento dos espectadores são de Coimbra e 30 por cento chegaram de fora, que está já a preparar-se a terceira edição do Festival das Artes.

Em 2011, o III Festival das Artes voltará a organizar a sua programação em torno de um tema aglutinador. Desta vez, partindo dos 650 anos que passam sobre a trasladação de Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça, o festival partirá da temática “paixões”.

E, sublinhou ainda Margarida Mendes Silva, neste momento “a fasquia está muito alta”, pelo que é necessário que a organização continue a ter em conta alguns dos elementos – qualidade, multidisciplinaridade, representatividade nacional e internacional, ligação à cidade e aos seus mais significativos agentes culturais – que ajudaram a construir um festival de “sucesso”.

Em 2011, o Festival das Artes, uma iniciativa da Fundação Inês de Castro, irá regressar no seu palco de eleição, o Auditório Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Estendendo-se, à semelhança da edição que agora encerrou, a outros espaços da cidade, como o Centro de Artes Visuais, o Museu da Água, o Teatro da Cerca de São Bernardo ou o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

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