Coimbra e o Mondego

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Estive de férias cerca de 20 dias e visitei, além do Algarve, outras zonas do interior de Portugal.

Importa, desde já, referir que nenhuma outra cidade sem mar tem o privilégio de Coimbra, que tem a banhá-la o maior rio português, o Mondego.

Por todas as localidades que passei e outras que conheço pessoalmente, têm zonas de lazer que complementam e atraem os turistas a par, naturalmente, de outros produtos que oferecem em primeira linha: Natureza, Património, Gastronomia, etc.

Poderíamos pensar que a proximidade à Figueira da Foz terá sido o grande factor para que, em Coimbra, nunca se tenha desenvolvido o lazer ligado ao Mondego.

Mas tal não corresponde à verdade, uma vez que outras localidades bem mais perto do Atlântico obtiveram resultados maravilhosos com as suas praias fluviais e outros desportos náuticos: Alcácer do Sal e Ponte de Lima.

Claro que a nossa Coimbra, é uma Marca de Excelência em diversas áreas que devemos salvaguardar: A Universidade, o Património, a História, a Cultura e o seu Conhecimento, para já não falar de outros subprodutos.

Também sei que a procura de Coimbra ainda é grande em relação a estrangeiros que nos visitam, mas torna-se urgente começarmos a pensar no turismo interno e ver o que se pode fazer para aumentar a estadia de turistas em Coimbra.

Pessoalmente não tenho dúvidas que outro tipo de ofertas de lazer ligadas à Água e ao Golfe, em conjunto com os principais Produtos da Marca Coimbra, seriam potenciadores dessa aposta de permanência em Coimbra, além de oferecer uma melhor qualidade de vida aos seus munícipes.

Para tanto, basta olhar para as margens do Mondego, na margem esquerda e na margem direita, até à Portela e facilmente verificamos que seriam zonas de excelência.

Como prova do que acabo de afirmar, temos o bom exemplo do Programa POLIS e do seu Parque Verde do Mondego, da Ponte Pedonal e requalificação na margem esquerda.

Mas, passou mais um Verão e a praia fluvial do Polis ficou por fazer, com prejuízos óbvios, quer para o turista, quer para os Conimbricenses.

Não se entenda destas minhas palavras que só o sector público, neste caso concreto a Câmara Municipal, é culpado desta falta de iniciativa. Os privados têm um papel preponderante, uma vez que só com uma gestão de mercado (Verão/Inverno) estas infra-estruturas se poderão manter.

É por isso também que o Centro de Congressos, que por este andar vai ficar na história de Coimbra tal como o Metro e a Penitenciária, como a demonstração da falta de ambição e de iniciativa da nossa Cidade, necessita desde já de parceiros privados para não se transformar num sorvedouro dinheiro do erário público. Coimbra não pode viver exclusivamente à sombra da Torre da Universidade.

A Universidade de Coimbra, da qual todos, sem excepção, nos orgulhamos, já não tem na sociedade portuguesa, por razões que aqui e agora não importa expor, a importância que teve no antigamente, em que só existiam três Universidades em Portugal e, consequentemente, outras cidades começam a querer rivalizar connosco quer ao nível do Conhecimento quer ao nível dos Congressos.

Com urgência temos de inverter esta situação.

Pela minha parte estou, como sempre estive, disponível para dar o meu contributo, fora da baixa política, ou mesmo das lutas partidárias (pelo menos por enquanto).

Mas, em termos da Política, enquanto arte nobre e de cidadania, todos poderão contar com a minha vontade e determinação.

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