Um homem, de 32 anos, morreu ontem afogado junto à margem direita do Rio Mondego. Populares ainda tentaram salvá-lo, mas em vão.

Acabou em tragédia o ritual que, nas últimas semanas, era cumprido todos os dias. Um grupo de amigos – quase todos de nacionalidade indiana – tinha por hábito passar as tardes no Parque Verde, junto ao rio.

Ontem, Gulshan Kumar, de 32 anos, morreu a poucos metros da margem direita (junto ao Pavilhão Centro de Portugal), depois de ter atravessado o Mondego a nado.

“Só me apercebi do que estava a acontecer quando ouvi alguém a chamar por socorro. Vi um homem no rio, a cerca de 20 metros da margem, a levantar o braço pedindo ajuda para o amigo que estava a afogar-se”, contou um jovem que socorreu as vítimas.

Os jovens atiraram-se de imediato e resgataram o homem que pedia ajuda. Do outro, nem sinal. “Mergulhámos três ou quatro vezes, mas não o encontrámos”, relatou a testemunha.

Alertados às 16H13, os mergulhadores dos Bombeiros Sapadores resgataram o corpo em poucos minutos. Uma equipa do INEM tentou de imediato fazer as manobras de reanimação, mas o homem já não apresentava sinais de vida.

“Aquela zona do rio é particularmente perigosa, devido à existência de muitos fundões, junto a áreas de pouca profundidade”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS fonte dos Sapadores.

Gulshan Kumar estava em Coimbra há cerca de três meses e trabalhava num restaurante da Baixa de Coimbra.

Charugil, 38 anos, foi salvo pelos jovens que ali passavam a tarde. Atravessou o rio com Gulshan Kumar e foi ele quem se apercebeu que o amigo estava a sentir-se mal. Ainda tentou nadar com mais força. Não conseguiu e acabou por pedir socorro. “Tarde demais. Tarde demais…”, repetia Charugil aos amigos que foram chegando ao local.

No local esteve uma equipa de mergulho dos Bombeiros Sapadores formada por três homens e uma viatura de apoio, com quatro elementos, e uma equipa do INEM. A PSP tomou conta da ocorrência.