O aluno do 11.º ano da Escola Secundária Joaquim de Carvalho Rui Liceia fez de José Relvas e proclamou ontem a República. Fê-lo na varanda do Palácio Sottomayor, não na Câmara de Lisboa. O texto foi escrito pelo colega Xavier Rodrigues, do 12.º.
Os figurantes eram professores da mesma escola e ostentavam indumentária da época, mandada confeccionada ou herdada dos antepassados.
Aquela foi a segunda de quatro recriações da proclamação da República. A primeira foi em finais de Março e as próximas duas realizam-se no Verão e a 5 de Outubro, dia em que se assinala o primeiro centenário do regime. A iniciativa é do Casino Figueira, com a colaboração da referida escola e da GNR.
Domingos Silva, administrador do casino, explicou que o evento de ontem teve por finalidade assinalar o 25 de Abril, “data histórica da República”. Por sua vez, Carlos Santos, director da Joaquim de Carvalho, defendeu que aquilo que se aprende na escola pode e deve ser recriado em público.
Sobretudo quando se trata de matérias em que há que contextualizar, salientou. Desta vez, porém, quem deu a lição (histórica) foram os alunos, que aproveitaram para evocar, também, o 25 de Abril. À noite, Vasco Lourenço apresentou no casino o livro”Do Interior da Revolução”.