Diário As Beiras

“Tem faltado na câmara da Figueira uma coordenação política mais forte” (com audio)

190710 JOAO PORTUGAL DEPUTADO PS FIGUEIRA POLITICA JOT ALVES

Já chegou a acordo com João Ataíde sobre a lista do PS para a Câmara da Figueira da Foz?

Tem havido um conjunto de conversações com a direção nacional (do PS) e com o candidato (João Ataíde) no sentido de chegarmos a um entendimento.

Mas João Ataíde diz que não aceita listas impostas…

Da mesma forma que não é correto impor listas ao candidato, também não é correto impor listas ao partido… Da mesma forma que não deve haver uma partidarização da câmara, também não deve haver uma municipalização dos partidos.

Os primeiros quatro nomes da lista aprovados são inegociáveis?

A Concelhia legitimou, ponto final. Mas há o resto da lista para fazer.

Disse que houve conversações e consensos. Então por que motivo diz João Ataíde que não aceita imposições?

João Ataíde sabia da lista que ia ser votada. Disse que não aceitaria uma lista que não assegurasse a continuidade dos quatro elementos do executivo e que António Tavares tinha de ir em quarto lugar. O PS entendeu que não deve haver imposições e intransigências.

Estamos perante um braço de ferro entre o PS e João Ataíde?

No PS sempre houve estes cenários à volta das listas e candidatos. (…) Comigo na liderança da Concelhia, não há negócios debaixo da mesa, tudo será transparente.

Neste caso, porém, não estão em causa lutas entre sensibilidades do partido, mas sim entre independentes e militantes…

De facto, esse fenómeno é novo e não deixa de ser caricato, mas faz parte da vida política.

Como é que vai ser a sua coabitação política com João Ataíde, no executivo ou na oposição, depois deste extremar de posições?

Será pacífica, porque os interesses do município estão em primeiro lugar.

Isabel Cardoso voltou a tomar uma posição divergente do resto do executivo…

Tem faltado na câmara uma coordenação política mais forte, para que fenómenos destes não aconteçam. O reforço de dirigentes do PS na câmara só reforçará a coesão, o debate e o entendimento. Entendo, também, que deve haver diálogo (no executivo camarário) para se poderem apresentar propostas em unanimidade.