Opinião: Um mundo de cidades

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As cidades são entidades complexas. Nelas se prevê que venha a habitar mais de 60% da população mundial em 2030 (chegando aos 70% em 2050). Esta é uma razão suficiente para o enfoque que hoje se dá às cidades e à necessidade imperiosa de que funcionem melhor e de forma mais sustentável.

Na Europa, a proporção de população que viverá em cidades é ainda maior (estima-se em 80% em 2030) apesar do tamanho das nossas cidades não se comparar com “gigantes” como S.Paulo, Tóquio, Cidade do México ou Daca, por exemplo.

Não se prevê que as cidades na Europa tenham de vir a crescer muito, até porque a demografia manterá a sua evolução negativa (que os fenómenos migratórios dificilmente contrariarão). É portanto tempo de, mais do que pensar em lógicas de crescimento, cuidar de melhorar o ambiente construído e os sistemas e infraestruturas que lhe dão suporte.

Há pois que apostar na reabilitação de edifícios e no uso de materiais de construção recicláveis ou reutilizáveis; diminuir as fugas nos sistemas de abastecimento de água; otimizar os processos de recolha e tratamento de resíduos; investir no transporte público e na mobilidade suave (bicicleta ou a pé); intervir na qualidade dos espaços públicos; valorizar o património natural e cultural; prevenir ou minimizar os efeitos de catástrofes naturais; poupar energia; ou promover a participação dos cidadãos.

A aliança que se estabeleça entre políticos com visão, técnicos com competência e cidadãos ativos será decisiva para que possamos passar a viver em cidades sustentáveis.

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