Sem que talvez nos tenhamos apercebido, estamos praticamente no fim do primeiro quinto do séc. XXI, sendo que a globalização, a circulação de pessoas (cujo exemplo mais trágico tem sido o falhanço de políticas verdadeiramente concertadas face às migrações – voluntárias ou forçadas, como o caso dos refugiados, – e consequentes reações complexas e problemáticas por parte dos países de acolhimento, reações de rejeição e até xenofobia), de capitais e de informação a uma escala global, o terrorismo (vide os problemas de segurança mundial a ele associados e ao fundamentalismo étnico e/ou religioso, cujas atividades criminosas são alimentadas pelo tráfico de armas, ao que acrescem as temidas armas nucleares, as armas químicas e as biológicas) ou os desafios de sustentabilidade ambiental (por exemplo os problemas ambientais decorrentes do crescimento demográfico e das transformações económicas que põem em causa a sobrevivência do planeta) potenciaram a perda de poder de decisão dos Estados-Nação, substituídos por autoridades supra e transnacionais.
No entanto, o modelo de Estado-Nação ainda é o melhor garante do exercício das liberdades e da solidariedade, necessárias para “superar as crises do presente e as incertezas do futuro”, como Alguém tão bem notou.
Só assim será possível um comum desenvolvimento planeado, a minoração dos desequilíbrios económicos e sociais, a transmissão de valores democráticos e humanistas e a proteção face a perigos externos.