Nos Estados Unidos da América a situação dos migrantes não tem parado de se agravar desde que Trump assumiu a presidência, com o estafado argumento da “ segurança dos americanos”.

Não tendo levado para a frente o projeto de construção do muro na fronteira com o México, o certo é que não parou de levantar “muros” à entrada de imigrantes, constituindo a retirada forçada dos filhos aos pais e seu enjaulamento em condições desumanas intoleráveis, o ponto mais alto dessa política.

A acrescer, o Supremo Tribunal Federal, com a sua nova composição resultante da recente nomeação por Trump de um juiz seu apaniguado, veio agora validar, embora de forma mitigada, uma das suas primeiras medidas após assumir a presidência, a de impedir a entrada no país a cidadãos estrangeiros com o único fundamento de provirem de uns quantos países muçulmanos.

Medida segregacionista, antes declarada ilegal por inúmeros tribunais americanos, mas que vai voltar a ter agora plena aplicação.

Nada que surpreenda vindo de Trump. Surpreendente, isso sim, foi o comportamento do Presidente Português na recente visita que lhe efetuou. A visita de estado em si tem total justificação no quadro das relações bilaterais e tendo em atenção a imensa comunidade de ascendência lusa naquele país.

Mas se isso é assim e nos parece não merecer discussão, já a efusividade e afetividade expressas publicamente pelo Presidente da República ao presidente americano, que tanto excitaram alguma comunicação social, foram, para mim, absolutamente despropositadas e incompreensíveis, dando uma ideia de total falta de critério e de respeito por aqueles que sofrem com as suas políticas. Por isso, não posso deixar de assinalar a minha indignação!