Opinião: Não queremos a maternidade nos HUC

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Foi este o título da petição lançada pelo Movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) e que recolheu até este momento as assinaturas necessárias para que possa ser discutida na Assembleia da República. Está confirmado que seremos recebidos na AR no próximo dia 17 de Julho.

O texto desta petição torna bem claros os motivos da mesma. Os cidadãos e cidadãs de Coimbra não podem aceitar:

a)que a localização da nova maternidade continue envolta em secretismos, indefinições e polémicas falsas, que vêm atrasando a sua inadiável construção;

b)que as entidades públicas recusem um debate público estruturado e devidamente informado sobre esta matéria;

c)que se concentrem equipamentos em megaestruturas congestionadas e superlotadas, como acontece com os HUC em Celas;

d)que se desprezem recursos como o Hospital dos Covões onde existem, instalações, competências e serviços e espaço para a construção da nova maternidade se for essa a decisão, mantendo ainda nesse hospital todas as especialidades indispensáveis ao bom desempenho e assistência às grávidas, mães e recém-nascidos.

Estes motivos foram entendidos população e por isso não nos causa espanto a adesão entusiástica, bem como o apoio de figuras públicas, já para não falar no apoio da Junta de F. de S. Mart. do Bispo e R. de Frades ou da moção aprovada na última AM de Coimbra por proposta da CDU, que vai no sentido das nossas pretensões.

Para o CpC, esta acção de proximidade, realizada nas mais diversas circunstâncias e horas, desde as portas do Hospital dos Covões às portas dos HUC, desde a Feira Medieval à Feira dos 23, das ruas da cidade e concelho à Feira Popular, foi uma experiência gratificante. Encontrámos centenas de cidadãos e cidadãs de Coimbra, das mais diversas profissões, esclarecidos sobre a matéria em causa, provando à saciedade que o dom de pensar e de propor alternativas para a melhoria da cidade não é apenas apanágio das cabeças dos supostos doutos e esclarecidos.

Registamos ainda que muitos/as nos mostraram a sua estranheza pela ausência do debate à volta de assunto desta natureza e que consideraram que as iniciativas realizadas não foram suficientes nem esclarecedoras, concluindo que em tema tão importante não pode reinar apenas a lógica de cada um puxar a brasa à sardinha dos seus interesses. Acresce ainda que, quando encontrámos outros/as menos esclarecidos/as e com dúvidas sobre o assunto, lançando muitos deles pertinentes questões, foi importante o diálogo aberto e respeitoso que na grande maioria das situações os conquistou para a nossa causa.
P

odemos desde já informar que o CpC está a planear realizar uma debate sobre este assunto em Setembro/Outubro. Não podemos deixar de aproveitar esta tribuna semanal que o Beiras nos oferece para agradecer a todos/as que colaboraram connosco nesta iniciativa. A cidadania activa constrói-se com grandes e pequenos gestos colectivos.

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