Era a primeira sessão do novo executivo. Manuel Machado apresentou o regimento das reuniões e logo houve propostas de alteração. Pontuais, todas. Chegada a votação, o vereador do PSD Paulo Leitão entende intervir. Momentos depois, o presidente dá a votação por concluída. E, na reunião seguinte, a ata da primeira refere que o regimento foi aprovado por unanimidade.
“É falso”, afirmou, ontem, José Manuel Silva, vereador do movimento Somos Coimbra. É que ele próprio e sua colega Ana Bastos “expressaram inequivocamente a sua rejeição”, acrescentou, em conferência de imprensa. E recordou que, logo ali, pediu a audição da gravação.
Ouvida a gravação, “resulta explicitamente a irregularidade da votação, que não decorreu de forma completa, não tendo sido pronunciado o resultado da votação (com discriminação dos sentidos dos votos) nem proclamada a alegada unanimidade”. Ora, isto significa que, “em termos técnicos, o regimento não chegou a ser votado”.
Na altura, José Manuel Silva requereu, por escrito, o “não apagamento da gravação até ao apuramento dos factos”. Debalde. É que, “a 27 de novembro de 2017, numa clara manifestação de indigna má-fé e de surpreendente e chocante ausência de vontade em apurar a verdade, o senhor presidente limitou-se a informar que o requerimento fora indeferido e que, por tal, a gravação da primeira reunião da Câmara fora já apagada”.
Notícia completa na edição impressa do dia 8 de junho de 2018