A maioria socialista da Câmara da Figueira da Foz aprovou a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro (PSF). A oposição social-democrata, por sua vez, absteve-se, não obstante as críticas que teceu.
A medida baseia-se na saúde financeira de que goza a autarquia, na sequência do reequilíbrio das contas que vem aplicando desde 2009, ano em que o presidente, João Ataíde, tomou posse para o primeiro mandato.
Em 2009, a dívida do município era de 62 milhões de euros. Quando o corrente ano chegar ao fim, a câmara deverá fechar as contas com uma dívida de 17 milhões. As empresas municipais, por sua vez, no primeiro mandato de João Ataíde, acumulavam dívidas de cerca de 25 milhões de euros – Figueira Domus, 18,6 milhões; extinta FGT, 5,7 milhões; e Figueira Parques, 300 mil euros – , que também vêm sendo reduzidas.
A suspensão da aplicação do PSF, como o DIÁRIO AS BEIRAS adiantou na semana passada, isenta a autarquia do pormenorizado relatório semestral e do visto prévio do Tribunal de Contas. Por outro lado, agora no campo político, liberta o município da Figueira da Foz do estigma de estar a ser gerido por um programa de reequilíbrio financeiro monitorizado pelo referido tribunal, além de passar a imagem de que volta a gozar de boa saúde financeira. João Ataíde, contudo, garantiu que a política de rigor na gestão das contas públicas vai manter-se.
O vereador do PSD Carlos Tenreiro elogiou o trabalho do executivo camarário em prol do reequilíbrio financeiro. No entanto, apontou que se fez “um esforço desmesurado e notório nos primeiros tempos e que se refletiu”, exemplificou, na limpeza do concelho.
Carlos Tenreiro afirmou que, nos primeiros anos de aplicação do PSF, o executivo camarário não fez investimento público, ao contrário de outros municípios na mesma situação. O presidente da câmara contra-argumentou com números. “O investimento é quase equivalente à amortização da dívida, se não for superior”, afirmou João Ataíde.
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