Quando o poder “sobe à cabeça” de uma pessoa, mostra que a mesma nem sequer merecia deter pequenos poderes, quanto mais grandes poderes que poderão ter permitido a alguns enriquecer ilicitamente, por não os terem exercido dignamente.
Pelo que se diz que “se queres conhecer o vilão, dá-lhe um bastão para a mão”, embora muitas vezes quem o diga, seja quem vezes demais deu o poder aos que já tinham mostrado não terem condições para gerir o que, sendo de todos, nunca devesse ser apropriado pelos que, desavergonhadamente, enganam e esbulham os povos.
Alguns deles até se perpetuam em lugares de prestígio e poder, agarrando-se como lapas à coisa pública, sabendo bem o que fazem ao usurparem o que não lhes pertence, e ao gerirem bens coletivos em desfavor de quem um dia os escolheu diretamente, no caso de políticos eleitos pelos povos, e indiretamente quanto a reputados gestores públicos e outros, que vão brilhando em grandes empresas e nos grandes negócios, pelas nomeações dos governantes dos seus povos.
De facto, nem todos os políticos governam em favor dos seus povos, e há gestores públicos que, se tivessem de gerir negócios próprios, mostrariam os seus “pés de barro” ao administrarem o que lhes pertenceria. Contudo, há alguns gestores e políticos que “vivem anos a fio nos maiores luxos”, porque são os povos que pagam os seus “deslizes de governo e/ou de gestão”, embora quem os veja agir como “donos de tudo”, possa julgar estar perante “autênticos super-homens”.
Mas como, e ainda bem, há agora um maior escrutínio público sobre quem abastarda princípios éticos elementares, basta ligar um rádio, televisão ou “tablet”, ou abrir um jornal, para aceder a relatos de enormes abusos de poder, o que permite ao povo perceber melhor como atuam os que corrompem e os que são corrompidos, mormente com “aquilo” com que se conseguem os pequenos e grandes prazeres apreciados por alguns dos mais desregrados políticos e gestores.
Pelo que admira que perante gritantes evidências de corrupções, haja quem convide “eminências pardas” perseguidas pelas justiças por “cabritos venderem sem cabras terem”, a debitarem sapiência sobre certos assuntos, como se merecessem influenciar jovens aprendizes de “certas e incertas artes”. E confrange ver instituições superiores a aclamarem tais eminências, em vez de resguardarem as suas gentes dos que poderão ter arquitetado as mais tenebrosas desonestidades.
Se, por um só instante, pensou que estive a criticar o nosso país, ou qualquer país irmão, nada de mais errado! Tanto por aqui como noutras bandas, deste e do outro lado do Atlântico, nem há governantes e gestores corruptos nem vendidos a vis interesses. E se observar a ação de alguns representantes de legítimos interesses dos que têm adquirido o que de mais valioso havia por aí, terá de concluir que jamais alguém terá recompensado erros de distintos gestores, ou premiado deslizes de lídimos representantes dos povos! O que disse? Que julga que sim?! Olhe que não…
Então não vê que tanto do que foi vendido ao desbarato, só serviu para pagar erros de povos que tendo o poder de dizer não, teimam em dizer “Sim, Senhor (…)”? E que se nada mudar, o que tem ocorrido até agora, voltará a suceder muitas vezes? Olhe, como é a voz avisada do povo que diz que “voz corrente muito mente”, será melhor cada um avaliar os poderes vigentes, e concluir por si.
E como, de repente, há tantos notáveis a dizerem-se surpreendidos com certas suspeições, e a condenarem duramente os que outrora tanto idolatraram e encobriram, convirá saber porque mudaram de opinião. Como não serão tardios arrependimentos coletivos, o que poderá ter sido?