Mais do que uma alternativa de confiança, é hoje clara a premência da afirmação de novos desafios para a sociedade portuguesa através da liderança do Partido Socialista (PS) no país.
Após os avassaladores anos da crise económica em Portugal – período esse onde se assistiu a cortes de salários e pensões, aumento da carga fiscal e atropelos sucessivos à Constituição da República Portuguesa -, o tecido social e económico encontrava-se fortemente penalizado e fragilizado.
Entre 2011 e 2015 perderam-se 500 mil empregos, emigraram mais de 350 mil pessoas e o risco de pobreza aumentou consideravelmente (atingiu os 19.5 por cento em 2013 e 2014 ).
O programa de formação “Novas Oportunidades” para adultos foi eliminado, reestruturações em edifícios escolares foram suspensas, serviços de urgência hospitalar degradados. O país exigia políticas diferentes, com melhorias significativas e maior estabilidade, apelando ao fim do empobrecimento da população e do enfraquecimento do tecido económico.
Neste contexto, o PS desempenhou um papel preponderante na mudança do ciclo, cumprindo a alternativa proposta e reconquistando a confiança dos portugueses: reposição de rendimentos, através da eliminação da sobretaxa do IRS, do aumento do valor do salário mínimo ou da atualização das pensões; dignificação do trabalho, com o aumentando do emprego, a regularização dos vínculos dos trabalhadores precários do sector público ou o descongelamento das carreiras na Administração Pública; aposta na educação, aplicando a universalização do ensino pré-escolar, o alargamento dos manuais escolares gratuitos ou o combate ao insucesso escolar. Estas são apenas algumas das marcas visíveis na recuperação de Portugal, estabilizando a sociedade portuguesa.
Contudo, urge nesta nova fase deste renovado ciclo, idealizar, debater e fixar os novos desafios para – aproveitando o forte trabalho de consolidação do país nestes últimos 3 anos – assegurar o futuro.
Entre inúmeras áreas como a agricultura e as florestas, a economia do mar, a energia e as alterações climáticas, a sustentabilidade demográfica, a qualificação e o emprego, todas extremamente relevantes para o nosso desenvolvimento enquanto comunidade, saliento a prioridade que deverá ser dada às últimas duas.
Num momento em que a taxa de desemprego desceu para um limiar abaixo dos 8 por cento no mês de Fevereiro de 2018 e em que existem diversas discussões sobre a reforma do sistema científico e educativo, o socialismo democrático terá de apostar em mais e melhor emprego e educação.
Projetos de flexibilização curricular, alargamento dos doutoramentos aos institutos politécnicos, estreitar das relações entre instituições académicas e mercado de trabalho, modernização dos regimes legais na ciência, limitação dos contratos a prazo nas empresas são algumas medidas relevantes que estão a ser – ou serão – aplicadas.
Verdadeiramente, a maior reforma de todas é a valorização das pessoas e, consequentemente, a respetiva dignidade individual.