A justiça e a saúde são duas das áreas em que o PSD vai apresentar reformas estruturais, que são “extremamente necessárias” para o país, disse ontem o líder do PSD, Rui Rio.
Em Coimbra, no final da primeira reunião do Conselho Estratégico Nacional, o líder social-democrata disse que a “justiça do país carece de reforma profunda e global, não de uma coisa pontual”.
“A semana da saúde permitiu-me ver melhor, já todos sabíamos disso, a situação dificilíssima do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e de todo o sistema de saúde em Portugal”, referiu.
Segundo Rui Rio, esta área carece também de uma “atenção especial e de uma reforma, não digo que seja tão profunda como a da justiça, mas carece de uma reforma”.
“O que vamos fazer são propostas no sentido da reformulação do SNS e do sistema nacional de saúde”, adiantou o dirigente, mostrando-se indiferente se a sua aplicação “é por acordo [com o Governo] ou por desacordo, no âmbito da tática política”.
Referindo que a saúde é a área que mais “toca” aos portugueses, o antigo presidente da Câmara do Porto considera que “não podemos ter pessoas à espera dois, três, quatro, cinco, seis meses para fazer uma intervenção cirúrgica, ou ter uma simples consulta”.
Para o líder social-democrata, “isso não pode acontecer” e o partido vai “tentar contribuir com propostas sérias, pensadas, estudadas e participadas para ajudar Portugal a resolver essas questões”.
“Sendo oposição, ajudamos, ganhando as eleições, lideramos, mas queremos acima de tudo o bem de Portugal”, sublinhou.