A Câmara da Figueira da Foz elaborou o relatório anual sobre o cumprimento do contrato de concessão de água e saneamento, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, que a concessionária Águas da Figueira contesta. Nomeadamente, na parte que põe em causa a qualidade do serviço prestado.
Entre outras considerações menos abonatórias para a empresa, o autor do documento, Jorge Morgado, afirma que a água captada na Lagoa das Braças “continua a apresentar um valor de oxidabilidade superior ao estabelecido pela lei”.
O relator afiança, ainda, que a situação no norte do concelho “continua a ser muito preocupante”, porque o volume de água residual faturada corresponde a apenas 57,3 por cento do volume tratado.
Por outro lado, indica que existem “anomalias e deficiências no funcionamento das instalações”. Confrontado com aquelas considerações, o diretor-geral da Águas da Figueira, João Damasceno, garantiu que não recebeu o relatório oficialmente.
“Não vou comentar o relatório do engenheiro Morgado”, reagiu João Damasceno. De seguida, contudo, acrescentou: “Estão lá coisas que não são verdade. Quem terá de esclarecer é ele. Ele [Jorge Morgado] tece comentários sobre o que lhe apetecer”.
Na reunião de câmara deste mês realizada à porta fechada, segundo nota de imprensa da vereação do PSD, o vereador Miguel Babo indagou a maioria socialista sobre o relatório de Jorge Morgado.
O presidente da autarquia, João Ataíde, e a vereadora Ana Carvalho afiançaram que “a Águas da Figueira tem sempre cumprido com excelente desempenho o que lhe foi estipulado no contrato de concessão”.
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