“Eu uso termotebe e o meu pai também”. Esta é uma frase publicitária criada nos anos 80 por uma fábrica, de seu nome “Tebe”, situada na cidade de Barcelos. Agora, é o título de uma peça encenada por Ricardo Correia, que se apresenta na XX Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC), nos dias 8 e 9 de março, estas quinta e sexta-feira, às 21H30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), depois de ter estreado no Teatro Nacional Dona Maria II.
“Eu uso termotebe e o meu pai também” parte de uma pesquisa sobre os processos de transmissão da memória relativa ao trabalho em Portugal. Este espetáculo, que Ricardo Correia (Casa da Esquina, Coimbra) escreve e dirige, é uma investigação sobre a influência da mecanização industrial no pensamento de gerações de operários e patrões.
Ao desenhar um arco sobre a história e contradições do trabalho, reflete a condição de operário e a sua emancipação, bem como as mutações da sua identidade ao longo de várias gerações, desde os remotos operários fabris até aos novos operários do século XXI.
Trata-se de uma coprodução Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Aveirense (Aveiro, onde estará a 23 de março) e Centro Cultural Vila Flor (em Guimarães, a 20 de abril).
Com texto e encenação de Ricardo Correia, a peça tem dramaturgia de Jorge Louraço Figueira. Em palco vão estar Beatriz Wellenkamp, Celso Pedro, Hugo Inácio, Joana Pupo e Sara Jobard.
Destinado a maiores de 12 anos, o espetáculo tem ingressos a um preço entre cinco e sete euros.