Rastreios aumentam sobrevivência ao cancro

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Fruto do aumento da esperança de vida da população, inerente ao desenvolvimento do país, estima-se que o número de novos casos de cancro continue a crescer. A previsão é da IARC – Agência Internacional para a Investigação do Cancro, da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a qual a incidência do cancro irá aumentar cerca de 30 por cento até 2030.

“É previsível que daqui a 20 anos um em cada dois portugueses venha a ter um cancro, embora possa não morrer da doença oncológica”, admite Carlos Freire de Oliveira, presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC).

Este aumento da incidência do cancro “depende exclusivamente do envelhecimento”, afirma o especialista, sublinhando que a maior parte dos tumores “surgem normalmente depois dos 50 anos”. E percebe-se que assim seja, uma vez que “o aparecimento do cancro é influenciado pelos estilos de vida, pela alimentação, pela obesidade, pelo tabagismo ou por vírus, que vão provocar a mutação de genes, que acontece quando o organismo já não tem capacidade de reagir”, explica o médico.O rastreio e a deteção precoce da doença oncológica são determinantes para a cura e sobrevivência ao cancro.

A incidência do cancro do colo do útero está a diminuir, devido ao rastreio, que existe na maior parte dos países da Europa Ocidental e permite detetar este tumor antes de surgir, através das lesões pré-cancerígenas, realça Carlos Freire de Oliveira.

Com a introdução recente da vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), vírus que provoca o cancro do colo do útero, este tumor passará a ter, num futuro próximo, uma incidência ainda mais pequena, de dois a três casos por mil habitantes.
Foi o que aconteceu com a outra vacina que previne o cancro, a vacina contra a hepatite B, que diminuiu também, em muito, a incidência do cancro do fígado, acrescenta o dirigente do NRC.LPCC.

Toda a informação na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS

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