O estuário do rio Mondego está muito poluído, morre o peixe, desparece a vida. O canal que fornece a água potável à Figueira, e onde a indústria também se abastece, encontra-se ameaçado. As matas arderam. Nas praias há imenso lixo, em especial plásticos, mas informação oficial sobre o fenómeno não existe nem são conhecidas medidas concretas de limpeza. A taxa de separação e reciclagem não chega aos 10%. A produção de energia renovável não é tema.
A mobilidade urbana centra-se no automóvel. O consumo de água com regas e jardins continua por racionalizar. Sobre a qualidade do ar pouco sabemos porque não há medições nem dados públicos. Queixas relativas ao ruído aumentaram ou diminuíram? E como estamos de biodiversidade, temos mais ou menos abelhas polinizadoras? E a vespa asiática já chegou à Figueira? Que medidas de adaptação climática foram tomadas? Relação entre o estado do ambiente e a saúde dos figueirenses? O mesmo se passa com muitos outros indicadores ambientais, não há dados nem ninguém parece interessado em saber como está a “biosfera local”.
A preocupação pelo ambiente dos responsáveis locais, em especial do executivo camarário, é meramente funcional e normativa. Não existe vontade de mudar e melhorar o desempenho ambiental, porque para isso seria necessário conhecer melhor o estado do ambiente. Manifestamente o atual executivo não conhece os principais desafios em matéria de política de ambiente nem tem uma ação esclarecida sobre o assunto.