Terminou ontem em Kuala Lumpur (Malásia) o 9.º Forum Urbano Mundial que teve como tema “Cidades 2030, cidades para todos”. Tendo como pano de fundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, em particular, o Objectivo 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), milhares de pessoas, entre governantes, académicos, autarcas, ativistas, técnicos e outros cidadãos, vieram de todas as partes do mundo para mostrar o que já se está a fazer rumo à sustentabilidade urbana e discutir como progredir, com o contributo de todos.
Em mais de 500 sessões com vários formatos, apresentaram-se e discutiram-se temas como a adaptação das cidades às alterações climáticas, os espaços públicos, as finanças municipais, o uso do solo, a resiliência e a mininização dos riscos, a mobilidade, o papel dos cidadãos (incluindo as crianças ), o desenho urbano, o efeito das migrações, ou as politicas urbanas.
Será que estes temas não são importantes no contexto português? A julgar pela presença portuguesa neste Forum, parece que não, já que durante os trabalhos apenas consegui descortinar uma compatriota (uma jovem arquiteta a completar o seu mestrado… no MIT).
Talvez fosse bom gastar menos energia em “futebóis”, inquéritos, exercícios de retórica, e outros “jogos florais”, e pensar um pouco mais no nosso futuro comum, bem como no papel que nele precisamos desempenhar enquanto país, municípios ou individuos. Para que não sejam outros a ter de assumir as responsabilidades que (também) nos cabem.