Estamos a chegar ao Natal, época de boa vontade entre os homens. Os cristãos recordam Jesus Cristo ressuscitado. Quem o sabe relembra o papa Júlio I, que no século IV instituiu o dia 25 de dezembro como data e nascimento de Jesus. Dia celebrado por escritores e poetas. Entre os portugueses, recordo Fernando Pessoa, Agustina Bessa Luís, Almeida Faria, David Mourão Ferreira, Sophia de Mello Andersen António Gedeão, José Cardoso Pires, os figueirenses Luís Cajão, António Sousa Freitas, Tomás Kim, ligada à família figueirense Monteiro Grilo e Cerqueira da Rocha, Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Torga, e tantos outros.
Neste ano de 2017, uma nuvem paira sobre Jerusalém, cidade sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus, urbe já dividida em quatro zonas: a cristã, com o Santo Sepulcro; a arménia; a muçulmana, com a mesquita de Omar; a judaica, no monte Sião. Nos últimos anos, separada entre cristãos e muçulmanos, cujo território foi ocupado por Israel.
José Carlos Ary dos Santos escreve, no poema “Quando o Homem quiser”: “Tu que dormes à noite na calçada ao relento/numa cama de chuva com lençóis de vento/tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento/ és meu irmão (…)”.Que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente dos Estados Unidos não afaste e separe os homens de boa vontade.