Há umas semanas atrás pensei em levar um grupo de alunos a visitar um complexo museológico perto de Coimbra. Para saber em que condições tal era possível telefonei para lá. Passaram-me a chamada para a pessoa indicada e expus-lhe o caso.
A voz do outro lado da linha, denotando uma vivacidade contagiante, começa por dizer que, por ser uma visita educativa, está isenta de custos, descreve os serviços todos de que o complexo dispõe, sugere visitas complementares nas imediações, propõe um programa para o dia, informa sobre os transportes públicos de e para Coimbra, e remata “E se vierem para a semana era ideal pois a previsão diz que vai estar bom tempo e assim aproveitavam melhor”.
Alguma dúvida que tivesse sobre a realização da visita foi substituida por um empolgamento motivado por aquele acolhimento: competente, amigável, pró-ativo, gentil. E não deixei de pensar “Que bom seria se houvesse mais assim….”
Parece que uma editora decidiu abrir uma votação sobre “a palavra do ano”. Se visse alguma utilidade em tal iniciativa (que vi ocupar cerca de 3 minutos de um telejornal esta semana…) sem dúvida que a minha escolha recairia sobre a palavra “cativação”. Porque a arte de honestamente cativar os outros (sejam clientes ou outros seres humanos à nossa volta) bem precisa da nossa atenção. Mesmo quando não é Natal.
P.S. – O objeto da visita foram as Ruinas e Museu de Conímbriga, a quem felicito.