Pedro Santana Lopes disse ontem, em Coimbra, que “comigo como líder do partido não haverá discordância todos os dias. Haverá concordância no que deve haver, e alternativa naquilo em que ela deve ser levada a cabo”, afirmou Pedro Santana Lopes, que falava aos jornalistas, depois de ter feito uma intervenção e participado num debate no Conselho Nacional da Juventude Social Democrata (JSD), que decorreu em Coimbra.
Antes, durante o dia, esteve em Pampilhosa da Serra, um dos municípios no interior do distrito de Coimbra particularmente atingido pelos fogos florestais deste ano, e de onde o antigo primeiro-ministro regressou com vontade de “dizer a toda a Lisboa, aos outros portugueses”, que deveriam ir aos concelhos “calcinados, destruídos” pelas chamas e que “exigem, de facto, um grande apoio nacional”.
“Temos de ajudar à reconstrução e eu – perdoem-me puxar pelos galões – acho que tenho vocação, preparação, maneira de ser para realizar obra, para fazer esse trabalho de recuperação, de reabilitação e de reconstrução que o país precisa em muitas zonas”, afirmou aos jornalistas.
Basta falar com os presidentes das câmaras de Pedrógão Grande, de Castanheira de Pera e de Figueiró dos Vinhos, para se conhecer o papel que “tive logo a seguir” aos incêndios e “sem câmaras de televisão” ou outros órgãos de comunicação social, salientou Pedro Santana Lopes, referindo que a Misericórdia de Lisboa apoiou aqueles municípios, designadamente na recuperação de casas.
Além do anterior presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, também esteve no encontro o outro candidato à presidência do PSD, Rui Rio, igualmente convidado a participar num debate, fechado à comunicação social e numa intervenção aberta aos jornalistas.
“O PSD tem de reagir para não correr o risco de ficar reduzido a um partido sem condições para liderar um governo e apenas com capacidade para influenciar a governação do país”, disse por seu lado, neste encontro em Coimbra, Rui Rio.
“Temos de reagir ou de agir” sob pena de “corrermos o perigo de acontecer ao PSD aquilo que aconteceu a outros partidos na Europa”, os quais foram “grande referência” política e governaram durante “anos e anos”, mas que, depois, “praticamente desapareceram ou perderam significado”, sustentou o candidato à liderança do partido.
Rui Rio também se deteve em resultados eleitorais do PSD das autárquicas de 01 de outubro deste ano, designadamente comparando-os com resultados em eleições autárquicas anteriores, para sublinhar a perda de influência do partido, defendendo que a “implantação [de um partido] no território não se mede tanto pelos deputados”, mas antes pelos autarcas.
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