Completam-se 40 anos, em 16 de novembro, da estreia do filme de Steven Spielberg “Encontros imediatos do terceiro grau”. Aprendemos que o primeiro grau é ver um disco voador, o segundo, uma evidência física, o terceiro, o contacto. Estávamos em 1977, Richard Dreyfus (um nome com ecos judaicos) foi o herói de muito. E vieram “ET”, “O tubarão”, “A guerra das estrelas”, “Mad Max”, “Alien”. Até tivemos “MacGyver” que parece ter sido a série preferida de um presidente.
Anos 80, auge, em Portugal, de não sei quantas maiorias de Cavaco Silva. Vi os filmes, vivi o tempo, emigrei para Macau. E hoje? Temos uma solução governativa impensável há anos e um senhor a quem já chamaram na televisão, cacique, demagogo, e outros adjetivos, vocifera num congresso que deveria falar de paz, ameaça com “guerra”.
Vi, durante anos pós 25 de Abril, o ilustre político a ser um deputado obediente, o que nunca vi foi ele, antes do 25 de Abril, defender a social-democracia. Nunca o encontrei em nenhum congresso democrático (Aveiro). Talvez fosse já presidente de câmara? Da União Nacional? Havia por lá de todos os pensamentos democráticos. Nesse momento, a polícia atirava cães sobre quem falava de liberdade, de agir, de falar, de pensar. Sou sócio dos bombeiros voluntários da minha terra há largas dezenas de anos. Não misturem os partidos com uma missão honrosa.