A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP), constituída após os incêndios de 15 de outubro, está a ponderar uma ação coletiva contra o Estado. A proposta vai ser apresentada esta sexta-feira, na primeira assembleia geral que decorre em Oliveira do Hospital.
“O sentimento é de abandono e indignação”, disse ao Diário As Beiras Luís Lagos, presidente da AVMISP, afirmando que vai ser ele próprio a apresentar a proposta às 300 pessoas que compõem a associação. “Marcámos a assembleia geral para definir o caminho que vamos seguir, mas, na minha opinião, passa por uma ação coletiva contra o Estado”, disse. “Sentimos que estamos a bater num muro de betão. Não há sensibilidade! Queremos o mesmo apoio que tiveram as empresas em Pedrógão. Estamos no mesmo país, não devíamos ser portugueses de terceira”, sustenta.
A AVMISP tem vindo a solicitar audiências “a todos os grupos parlamentares e ministros cujas pastas representam interesse para a região”. Além disso, está também a aguardar uma reunião com o Presidente da República. A audiência já terá sido aceite por Marcelo Rebelo de Sousa, “falta apenas marcar a data”. Luís Lagos não esconde que “a intenção é ocupar o palco nacional”.
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