Três dias de luto em Penacova

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A Câmara de Penacova decretou três dias de luto municipal, a observar hoje, terça e quarta-feira, como forma de “expressar o pesar de toda a população do concelho” pela “tragédia que assola” aquele município.

O presidente da autarquia, Humberto Oliveira, “declara luto municipal, nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2017, como forma de expressar o pesar de toda a população do concelho de Penacova pela tragédia que assola o município” e que já “provocou a perda irreparável de vidas humanas”, afirma uma nota da Câmara de Penacova.

Duas pessoas morreram, no domingo, na União de Freguesias de Friúmes e Paradela da Cortiça, no concelho de Penacova, devido ao fogo que deflagrou de manhã no concelho da Lousã (distrito de Coimbra) e que se propagou àquele município.

“Perante esta tragédia, a bandeira municipal será colocada a meia haste, expressando, neste momento de profunda dor e perda”, acrescenta o autarca, “em seu nome pessoal, em nome da Câmara Municipal a que preside, dos seus vereadores e dos funcionários”.

Além dos “sentimentos de profundo pesar”, a Câmara de Penacova manifesta ainda “a mais sentida solidariedade junto dos familiares e amigos das vítimas desta terrível catástrofe sem precedentes” que assola o município.

Mais de uma centena de pessoas “foram acolhidas no pavilhão municipal” da vila por, durante domingo e a noite de hoje terem tido de abandonar as suas casas amaçadas pelas chamas ou, nalguns casos, por as casas terem sido destruídas pelo fogo, disse hoje, à agência Lusa, o presidente da Assembleia Municipal de Penacova, Pedro Coimbra.

Além de duas mortes, “há casas ardidas, algumas das quais de habitação permanente, empresas destruídas”, sublinhou o autarca e deputado na Assembleia da República.

A Câmara de Penacova ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, às 17:30 de domingo, a fim de facilitar os esforços de combate ao fogo no concelho.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

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