A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considerou hoje que “serão necessárias medidas excecionais de apoio para revitalizar a economia das regiões” afetadas pelos incêndios de domingo.
Depois de a associação fazer um levantamento e um balanço dos prejuízos causados pelos incêndios, concluiu que vai ser “necessário canalizar um volume significativo de verbas para a reconstrução do tecido empresarial e recuperação de postos de trabalho nestas regiões”.
“É necessário minimizar os efeitos da destruição causada junto de muitas empresas da área do alojamento turístico e da restauração, bem como os efeitos da quebra de procura turística nesta região”, referiu o presidente da AHRESP, Mário Pereira Gonçalves, citado no comunicado.
A AHRESP, em parceria com a Entidade Regional Turismo Centro e as Câmaras Municipais das regiões afetadas, está já a trabalhar ativamente na procura de soluções, a fim de serem minimizados os danos e para dar início rapidamente à recuperação e à revitalização das infraestruturas e dos equipamentos afetados.
A associação expressou o seu “mais profundo pesar pelas vítimas dos incêndios que assolaram o país”, lê-se no comunicado.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.