Em 1808, o abade Pedro recebeu do conde Sigesnando o encargo de restaurar as terras de São Julião, devastadas pelas guerras da reconquista. Não sei se Dom Afonso Henriques andou a tomar banhos de água salgada no nosso mar, como já li em qualquer lugar – em 1092, encontra-se escrito sobre doações várias, por Martim Moniz e sua mulher, residentes em São Martinho (Tavarede).
Quatro anos depois, o abade Pedro já havia construído habitações junto à igreja de São Julião e doava, à Sé de Coimbra, Caceira, São Julião, São Veríssimo (Vila Verde), Fontela, Lavos, entre outos locais. Em 1099, sabe-se de doações de bens diversos, em Tavarede e São Julião.
Não pretendo falar sobre o nascimento de Buarcos, Figueira, Tavarede e outros locais do nosso concelho. Não tenho conhecimentos aprofundados no assunto, nem é, como agora por aí se diz, a minha praia. Salientarei que as notícias por nós conhecidas se devem a duas ordens de razões: o povoamento e a doação de bens.
O mesmo se passou com a maioria dos territórios. Embora o mapa não seja o território, ajuda a defini-lo, e não quero deixa de referi ser a génese do concelho motivo de grande prazer, quando nos interessamos pelo conhecimento das raízes que prenderam quem por aqui viveu.