Opinião: “Acorda” Trump!

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Isabel Maranha Cardoso

É difícil numa semana marcada pela actualidade internacional ficar indiferente às imagens devastadoras do furacão IRMA sem fazer algumas reflexões. Trata-se, bem sabemos, dum fenómeno natural, mas a cadência e intensidade na formação destes fenómenos não se pode dissociar das alterações climáticas que o planeta está a sofrer.
Foi em Genebra, em 1979, que os responsáveis governamentais e a comunidade internacional, se reuniram pela primeira vez reconhecendo cientificamente que as alterações climáticas eram um problema grave para o planeta. Várias conferências se seguiram, algumas mais significativas como a de Villach (Áustria,1985 ) já com 29 países a integrar no discurso internacional a problemática sobre a concentração crescente de gases com efeito de estufa. Na Cimeira do Rio ( 1992 ), que ficou conhecida por Cimeira da Terra, 154 governos comprometeram-se a estabilizar as emissões gasosas de efeito estufa. Seguiram-se 22 Conferências de Partes até ao Acordo de Paris ( 2015 ), com o objectivo de limitar o aquecimento global a um valor “bem abaixo dos 2 °C” a partir de 2020. Foram 38 anos de avanços da comunidade científica na definição da ameaça climática e na consciencialização das lideranças políticas de que era preciso agir. Todavia Trump resolveu discordar do Acordo de Paris saltando fora. Mas depois do HARVEY no Texas e do IRMA, na Flórida, em apenas 8 dias, a América é outra … e quem sabe, talvez Trump “acorde”!

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