Até 24 de agosto, as valências do HDFF mais afetadas eram a cardiologia, dermo-venereologia e pneumologia, com, respetivamente, 65, 49 e 30 por cento de falhas dos prazos determinados pela tutela da Saúde. Aquelas especialidades médicas encontram-se, portanto, a vermelho, às quais se juntam, ainda, embora em menor escala, ortopedia (11 por cento) e gastrenterologia (sete por cento).
No “semáforo” da tabela de cumprimento dos prazos para as consultas externas, num total de 17, aparecem, por outro lado, pintadas a laranja as especialidades de Pediatria (quatro por cento), fisiatria (três por cento) e medicina interna. Com a cor verde estão pintadas as demais valências do HDFF, cujo incumprimento varia entre os zero e o um por cento.
Quando o cardiologista Nuno Fonseca se aposentou, há quatro anos, deixou uma lista de 1400 segundas consultas, lembra Grilo Gonçalves, diretor clínico do HDFF. Na altura, o hospital tinha três médicos daquela especialidade para 80 mil utentes. Entretanto, além do aposentado, outro especialista de cardiologia do quadro foi-se embora e dois médicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, pagos à hora, deixaram de consultar na Figueira da Foz.
Neste momento, porém, “apenas” falta um médico naquele serviço, vaga que deverá ser preenchida em breve. “As vagas [para diversas especialidades] continuam abertas”, garante Grilo Gonçalves, mas, ressalva, não há interessados. A área de influência dos hospitais acabaram, o que significa que o utente pode ser consultado em qualquer hospital do país. “Temos utentes de Peniche, Guarda e outras zonas do país”, afiança o diretor clínico.
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