Lembrar a obra e o homem livre nos 110 anos de Torga

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Foto DB-Carlos Jorge Monteiro

“E chega ao fim, com este volume, um livro que comecei a escrever um pouco estouvadamente há sessenta anos, e acabo agora com mais assento. Como é sabido, ninguém conhece o dia de amanhã, e, pelo que me diz respeito fui um mártir dessa incerteza. E iniciei o presente tomo quase seguro de que não o terminaria (…)”.
Começa assim a derradeira entrada do volume XVI (o último) do “Diário” de Miguel Torga, escrita a 10 de dezembro de 1993, em Coimbra, dois anos antes da sua morte. Amanhã – quando passam 110 anos sobre o nascimento do escritor (12 de agosto de 1907) na terra transmontana de São Martinho de Anta, que amou ao ponto de lhe ir buscar parte do nome literário –, importa lembrar de Torga a vida que teve, as causas que abraçou e a obra que deixou.
E dessas, de todas elas, fica testemunho na frase breve que remata, definitivamente, o seu (indispensável) “Diário”. Aqui ficam as palavras de Torga, que, mais que tudo o resto, “apresentam” o escritor: “De alguma coisa me hão-de valer as cicatrizes de defensor incansável do amor, da verdade e da liberdade, a tríade bendita que justifica a passagem de qualquer homem por este mundo”.

 

Mais informação na edição impressa do dia 11 de agosto de 2017

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