Opinião: Serviço público

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António Augusto Menano

Dificilmente estará ao alcance de qualquer cidadão prestar serviço público à comunidade que não seja através da sua inclusão em listas de partidos políticos que tenham histórico de exercício do poder. É pouco provável mas não é impossível, como aliás se vem acentuando pelo surgimento de cada vez mais candidaturas ditas independentes, algumas delas com resultados relevantes. É bom que se note que tais candidaturas surgem de um modo geral sobretudo contra “o sistema” e não põem em causa a ideia que cada um defende para organização geral da sociedade.

É então bom ou mau que alguém “não alinhado” que se predisponha a servir verdadeiramente a sua comunidade, despojado de qualquer outro tipo de interesses, aceite candidatar-se dentro de um partido? Pois dependerá das circunstâncias e das eventuais alternativas que se lhe colocam. Felizmente que nem todos são incapazes de resistir às promessas de futuro de leite e de mel e de resistir a tentadores cantos de sereia. Seria até preferível que, a partir de dentro, laborassem em ordem a refundar e corrigir comportamentos.

Agostinho da Silva “não votava por rótulos” nem queria “saber das campanhas eleitorais para nada”. Queria apenas “saber das ideias que as pessoas têm e da maneira como depois as vão defender e praticar”. Esperemos então que partidos e independentes transmitam claramente as suas ideias e que não vacilem na defesa intransigente do serviço público.

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