Helena Freitas, bióloga e catedrática da Universidade de Coimbra (UC), considera que Portugal “bateu no fundo” ao falhar no combate aos grandes incêndios deste verão, apontando o “descrédito, desencanto e insegurança” dos cidadãos em relação ao território, que só se inverterá com “uma alteração profunda da floresta”.
Mais de um mês após o incêndio de Pedrógão Grande, que fez 64 mortos e “marcará para sempre o país”, a bióloga regista que o fogo continua “avassalador” em casos como o incêndio da semana passada na Sertã, que alastrou a Proença-a-Nova e Mação, “onde havia uma situação exemplar de prevenção”.
“O problema só se pode resolver com uma alteração profunda da floresta”, que inverta o “quadro de abandono e desordenamento grave e profundo” do interior, afirmou a especialista, que espera que surja “um compromisso político sério” para essa mudança.
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