Foto de Carlos Jorge Monteiro

Terminou, no Estádio Cidade de Coimbra, a Assembleia Geral da Académica, que decorreu em clima tenso entre os sócios.

O sócio Miguel Andrade apresentou uma moção de censura ao presidente da Mesa de Assembleia, num ato “contra a obstrução sem precedentes a um exercício democrático cometida por pessoas que sobrepõem caprichos individuais à vontade dos sócios”.

No entanto, a moção de censura acabou por não ser votada, por decisão do presidente da Assembleia-Geral que gerou forte polémica entre os apoiantes de Miguel Andrade,

Acusado de “uma certa inabilidade” por boa parte dos sócios na gestão (e comunicação) que envolveu o requerimento para a realização de uma assembleia-geral extraordinária assinado por um grupo de 68 pessoas, João Vasco Ribeiro, presidente da Mesa, acabou por não levar a moção à votação dos sócios presentes, alegando que o pedido não cumpriu as obrigações dos estatutos.

“Estou disponível para, se quiserem, realizar outra assembleia para proceder a esta votação. Os estatutos existem e têm de ser respeitados”, argumentou.

Recorde-se que o sócio Miguel Andrade enviou aos responsáveis daquele órgão, no início do mês de maio, um requerimento para a realização de uma assembleia extraordinária, assinado por 68 pessoas, que sugeria as datas dos dias 19 e 26 do mesmo mês para a sua concretização, mas o seu pedido não foi aceite.

“Isto é absolutamente inaceitável! Foi a primeira vez que um requerimento para realização de um assembleia-geral assinada por mais de 50 sócios não foi aceite e a assembleia não foi convocada”, afirmou o sócio Miguel Andrade, numa intervenção “apoiada” pelos aplausos de algumas dezenas de pessoas.

A “falta de espirito democrático” foi uma das expressões mais repetidas entre as inúmeras intervenções dos sócios.

A venda da sede dos Arcos do Jardim foi outro dos temas “quentes” do debate, tendo levado a alguns gritos e ânimos exaltados no Estádio Cidade de Coimbra.