Coimbra pode e deve ter mais qualidade de vida. Aqui é possível erguer-se a casa comum onde todos tenham uma vida melhor. As casas iniciam-se pelos alicerces. O primeiro alicerce de um concelho mais humano é o da transparência dos órgãos do poder local e a proximidade dos eleitos aos cidadãos. Exige-se que a Câmara, a Assembleia Municipal e os órgãos das freguesias atendam e escutem os munícipes, analisem as suas reclamações, críticas e propostas. Exige-se que os titulares dos órgãos de poder local prestem regularmente contas do seu exercício e que os órgãos municipais, executivo e assembleia, se reúnam periodicamente fora dos paços do concelho, junto dos munícipes, nas freguesias, valorizando-as.
Na construção de alicerces sólidos do poder local democrático é preciso valorizar os próprios serviços municipais e dignificar os seus trabalhadores. Valorizar os serviços públicos em geral. Defender a qualidade dos serviços públicos a prestar aos cidadãos nas diversas áreas, na educação, na saúde, na cultura, no ambiente, não implica a aceitação pala autarquia de mais competências a transferir do Estado central. Ao Estado o que é do Estado, às autarquias o que lhe compete por natureza. A transferência de novas competências, para além de nunca virem acompanhadas dos meios necessários, traduz-se na desresponsabilização de funções essenciais do Estado.
É possível e urgente discutir o modelo de desenvolvimento de Coimbra. Coimbra mais humana, assente na participação activa dos seus cidadãos e que para tal os convoca e envolve.
É necessário viver-se melhor em Coimbra. Melhorando acessibilidades. Apostando mais nos transportes públicos, modernizando a frota dos SMTUC, contratando mais pessoal, criando novas redes de transporte fiáveis por todo o concelho, reduzindo o transporte particular.
É possível viver numa cidade limpa, que cuida dos seus espaços verdes e jardins. Uma cidade com espaços de lazer, onde o acesso ao desporto seja real. É possível e urgente discutir e traçar uma política cultural para Coimbra. É preciso cuidar do património e discutir o modelo de funcionamento do Convento de São Francisco em articulação com os agentes culturais, pelo que urge criar um Conselho Municipal de Cultura aberto à participação dos agentes culturais, gerador de consensos na definição democrática das políticas municipais para a Cultura.
É preciso revitalizar a baixa e a alta. Apoiar o comércio tradicional e de proximidade, travando de vez a praga das grandes superfícies que infestam a cidade e se instalam ao colo dos nossos monumentos e paisagens.
A CDU tem provas dadas e propostas concretas para o desenvolvimento de Coimbra, de que aqui daremos conta. Por aqui, há trabalho, honestidade e competência ao serviço da população.