Opinião – Trabalhadores disparatados

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                                  Diogo Cabrita

Vi o condutor dos SMTUC a escrever mensagens no telemóvel frente à escola agrícola. Bolas, o que espera o trabalhador? Que tenhamos pena dele se houver um desastre? Não pode guardar a mensagem para a paragem? Não pode ver o mail no estacionamento? E o taxista a falar ao telemóvel que me levou à estação B? Não pode atender depois de me levar? Há demasiada gente a infringir a lei porque acha que não é punida.
Os povos nórdicos observam, pegam nos telemóveis e denunciam. O Estado e a defesa das pessoas não carece de altercação, nem de destempero, nem de vozearia. No silêncio mais assertivo crava-se a denúncia nas instituições. O condutor de ambulâncias que “vai esgalhado” sem que seja necessário é um bandido, o que passa o vermelho e sobe passeios sem trazer doentes é um criminoso.
Estas pessoas devem ser vigiadas para que o seu emprego seja dado a quem merece. Muitas vezes os trabalhadores que deviam estar agradecidos de ter trabalho descuidam de o respeitar. O trabalhador deve ter direitos e deve ser pago justamente e se possível devia receber proporcionalmente com os lucros das empresas. Se um negócio dispara lucros incríveis os bons patrões deviam valorizar os seus trabalhadores e entregar prémios sobre os lucros (assim até pagavam menos impostos).
Mas a contrapartida é o dever de trabalhar bem, de ser simpático, de cumprir com as normas de segurança. Segurança do cliente e pessoal. Um condutor da CP que leva a amante nos comandos, ou um comandante que afunda um navio para acenar á namorada, ou um troglodita que leva os passageiros consigo a olhar o telemóvel… enfim…
Muitas vezes não temos a noção do infringir das regras de trabalho por falta de formação, ou por falta de educação, ou por ausência de auto avaliação.
Sabe que fumar não é um direito? Sabe que lanchar não é um direito? Sabe que ir fardado visitar um familiar não é um direito? São tolerância do patronato, da entidade empregadora a que deve corresponder brio e empenhamento do trabalhador.

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