1. 4 Monumentos fundamentais para Coimbra
Com um número crescente de turistas a visitar Coimbra e a concentrarem-se quase exclusivamente no Paço das Escolas da Universidade, a cidade tem urgência de construir outros percursos e motivos de atração, para que a sua estadia se prolongue, com benefícios reais para a actividade económica.
Os quatro Monumentos que aqui serão sugeridos são pelo seu significado, fundamentais para a compreensão do que foi, do que é, do que poderá vir a ser no futuro esta cidade encantada. Sendo de estranhar que ainda não estejam construídos, nunca é tarde para iniciar o caminho!
O primeiro, “Coimbra na Fundação de Portugal” foi já referido na crónica anterior. O segundo dedicado a um dos personagens mais ilustres de Coimbra de toda a História de Portugal, é o objecto desta crónica de hoje. Os outros dois serão analisados em próximas crónicas.
2. Infante D. Pedro, 1.º duque de Coimbra, 1.º duque de Portugal
Filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, favorito do Rei entre os seus irmãos da “ínclita geração”, foi um dos mais esclarecidos personagens na Europa do seu tempo ( 1392-1449 ).
Um líder de Coimbra no seu melhor! Que deverá constituir referência dos que querem ajudar a renovar Coimbra, e em particular aos que aspiram a lugares de decisão na Região.
Em 1415 acompanhou o seu pai na conquista de Ceuta. Ordenado cavaleiro foi-lhe conferido o ducado de Coimbra (primeiro duque de Coimbra e de Portugal). Três características de excelência o distinguiram:
– Uma educação e cultura extraordinárias, de honradez e humanismo, Entre 1418-28 percorreu a Europa até à Palestina ficando conhecido na História como “O Príncipe das 7 partidas”. O seu sonho de um Portugal de ligação entre a Europa e o Mundo, irradiou na sua mente privilegiada.
– Regressado dessa longa viagem, fixou a residência no seu ducado onde se dedicou ao estudo, à escrita (Palácio de S. Jorge de Milreu, Lajes), e iniciou uma obra notável no desenvolvimento e autonomia da Região, de que hoje, passados 600 anos, se fala como se fosse algo de novo!
– Foi morto com as suas gentes, na cilada de Alfarrobeira, onde ia defender o bom nome e prestígio de Coimbra junto do poder central e entregar a regência ao rei D. Afonso V, seu tio.
3. Monumento a um líder de Coimbra no seu melhor!
D. Pedro, representa, aquilo que uma Coimbra moderna precisa de ver nos seus líderes actuais:
1 ) Pessoas esclarecidas e abertas, viradas para o Mundo e para a cultura;
2 ) Empenhados no desenvolvimento urbano e regional;
3 ) Batendo o pé ao poder central na defesa dos interesses e do prestígio de Coimbra e da sua Região.
Se virem alguém assim, caros leitores, façam uma cruz no chão pf e digam-me onde é! Vamos lá vê-lo e dar-lhe um abraço!
Existem na Região muitos e variados testemunhos de homenagem a D. Pedro; monumentos em Mira, Penela e Buarcos. Várias designações toponímicas por ali e por além, atestando a gratidão da população.
Curiosamente não existe em Coimbra um monumento a esta figura ímpar que tanto a amou, defendeu e prestigiou, de forma inteligente e esclarecida, como possivelmente ainda não houve outro igual! Não podemos perder mais tempo!