Câmara da Mealhada destaca valor nacional do Buçaco

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O presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, considerou hoje que há monumentos nacionais com menos valor do que o Buçaco e que “só por distração dos organismos” é que ainda não lhe foi atribuída aquela classificação.

“Não sei bem o que se passou nestes últimos anos, mas só por distração dos organismos, que tomavam conta do Buçaco, é que ainda não foi classificado como monumento nacional. Há monumentos nacionais com muito menos valor histórico, patrimonial e natural que o Buçaco”, sustentou.

O projeto de decisão relativo à reclassificação como conjunto de interesse nacional/monumento nacional (MN) do Palace Hotel do Buçaco e mata envolvente foi hoje publicado em Diário da República.

A intenção de reclassificação inclui também as capelas e ermidas, Cruz Alta e tudo o que nela se contém de interesse histórico e artístico, em conjunto com o Convento de Santa Cruz do Buçaco, no Buçaco, freguesia do Luso, concelho da Mealhada, distrito de Aveiro.

Em declarações à agência Lusa, o autarca da Mealhada explicou que o Buçaco (Convento de Santa Cruz e o Palácio) está classificado desde 1943 como imóvel de interesse público e que só em 1996 é que a classificação se alargou à mata.

“Agora, depois de algum trabalho, tentámos a classificação como monumento nacional e depois tentaremos ser Património Mundial da Humanidade. Este é um património com valor histórico, patrimonial, religioso, militar e natural e não há assim tantas coisas em Portugal que juntem isso tudo”, referiu.

No seu entender, este é mesmo um local de muitos valores, onde despontam vários estilos arquitetónicos, para além de uma fauna e flora riquíssimas.

“Mas também há muito dinheiro para gastar na sua recuperação, uma vez que esteve abandonado. E o maior problema não é a recuperação, é mesmo o restauro, no palácio, na casa dos brasões, na igreja e nos altares”, acrescentou.

De acordo com Rui Marqueiro, o Buçaco “é o terceiro local com maior visitação por parte das agências”, logo a seguir à Universidade de Coimbra e ao Portugal dos Pequenitos.

“Com esta reclassificação e posteriormente como Património Mundial da Humanidade, disputaremos taco a taco com a Universidade de Coimbra. Mas há todo um trabalho a fazer para que os operadores encaminhem as agências para esta joia”, concluiu.

 

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