O Tourizense, clube cuja equipa sénior de futebol disputa o Campeonato Portugal, foi acusado, pelo Ministério Público, da prática de crimes de auxílio à imigração ilegal, confirmou ontem o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Após investigação criminal realizada pelo SEF, o Ministério Público de Tábua acusou o clube desportivo, uma empresa de agenciamento e gestão desportiva de atletas, assim como os respetivos dirigentes e responsáveis diretos – incluindo o presidente do clube de Touriz –, “pela prática de crimes de auxílio à imigração ilegal”, revela nota enviada ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Segundo o documento, num processo investigado pelo SEF, concluiu-se que, “ao longo de quatro épocas desportivas, o clube em questão utilizou a atividade e inscreveu como jogadores de futebol mais de 70 cidadãos estrangeiros em situação ilegal e não habilitados ao desempenho de atividade desportiva em Portugal”, dos quais “perto de três dezenas representados pela empresa agora acusada”.
Ainda de acordo com a nota de imprensa, um número substancial destes cidadãos estrangeiros detetados pelo SEF “vieram para território nacional mediante falsas promessas de projeção das respetivas carreiras futebolísticas, tendo muitas vezes sido abandonados à sua sorte”, em alguns dos casos, continua o documento, “em situações de quase indigência”. “Um dos atletas que passou pelo clube em causa chegou mesmo a dirigir-se ao SEF solicitando apoio para regresso ao país de origem”, acrescenta.
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