Numa Europa que vive uma crise ao nível do seu projecto e dos seus protagonistas, em turbulenta negociação com a saída do Reino Unido, era vital que em França vencesse um defensor dos valores europeus…
Mas o país berço dos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade só pode respirar de alívio com a eleição de Emanuel Macron. Ameaçada pelo populismo de extrema-direita de Le Pen, a França inicia agora um período novo, com um protagonista sem um suporte partidário, que se apresentou aos franceses e ousou avançar. Num crescendo constante passou uma mensagem politica despojada de ideologias partidárias, mas fortemente afirmativa dos propósitos que defendia para o seu País. E os franceses acreditaram e votaram. Feito improvável num país como o nosso, em que só com a retaguarda partidária se conseguem alcançar tais resultados.
Em França nesta nova era teremos como epílogo as eleições legislativas. Como se compaginará este projecto independente com a necessária apresentação de candidaturas em tantos círculos eleitorais? Será que o “en marche” de Macron segue em crescendo para as legislativas? Como será o necessário apoio parlamentar para Governar?
Tivemos 1ª e 2ª volta das presidenciais e a 2ª decidiu o Presidente. Vem aí a 1ª e 2ª volta das legislativas, só com eleitos com mais de 50% dos votos em cada circulo. Estas “voltas” da França dão-nos ou não novas ideias de organização democrática?!
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