Que as áreas metropolitanas devem ter um papel mais relevante e que isso ajudaria na gestão dos municípios, é o que pensa o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, lamentando, neste sábado, em Coimbra, que as áreas metropolitanas tenham sido “muito desaproveitadas e acho que vão continuar a ser, infelizmente, ao arrepio do que acontece na Europa”. Declarações no colóquio internacional ‘Poder local democrático: 40 anos depois’, que decorre desde ontem, na Faculdade de Direito da Universidade em Coimbra (FDUC).
Baseando-se no exemplo europeu do Comité das Regiões, Basílio Horta disse que são as áreas metropolitanas quem dialoga diretamente com os Governos e para as quais são descentralizadas áreas da maior importância, que exigem coordenação.
“Durante muito tempo, até ao final do século XX, nós tínhamos o crescimento baseado apenas no lucro, mas agora não é só isso: temos de analisar qual o valor acrescentado que o investimento produz”, referiu. A inclusão social é, segundo o autarca, um dos desafios do poder local nos próximos tempos, de forma a trilhar um caminho de desenvolvimento local “que não deixe ninguém para trás”, nomeadamente ao nível da solidariedade.
O colóquio internacional “Poder local democrático: 40 anos depois”, que termina neste sábado, é promovido pelo Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente (CEDOUA) da FDUC, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e do Centro de Estudos e Formação Autárquica (CEFA).