É sugerido num recente artigo incluído num semanário de referência, que dá como exemplo iniciativas inovadoras levadas a cabo em três municípios, que se deve mudar “ideias feitas sobre os autarcas” e acabar com os preconceitos contra eles. Cita o caso do Fundão onde o presidente da Câmara criou condições bem sucedidas para que uma empresa francesa da área da programação informática se instalasse numa aldeia história, criando ali 500 empregos.
Ou ainda a multiplicação de atividades desportivas e de educação musical e criação de condições para a materialização de investimentos, o que atraiu para o concelho de Viseu mais 1300 postos de trabalho, além da criação de procedimentos inovadores para redução da fatura de energia, introdução de novos sistemas de gestão da água e de um inovador programa de mobilidade urbana.
Em Guimarães aproveita-se a embalagem de ter sido capital europeia da cultura em 2012 para vir a ser considerada Cidade Verde Europeia em 2020, liderando a rede de seis cidades europeias da cultura para se tornarem exemplo de smart cities, projeto apresentado à Comissão Europeia.
O autor generaliza a todos os autarcas os méritos que encontrou em 3 dos 308 responsáveis, contribuindo assim para uma limpeza da imagem que foi sendo criada ao longo dos anos. Tal generalização é, porém, arriscada. É que, quanto a autarcas, tal como acontece com toda a atividade humana, há de tudo. E nem todos têm aquela capacidade de inovar.