Opinião: Respeito pelas mulheres

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Luís Santarino

Isto de se comemorar o dia internacional da mulher tem que se lhe diga! É quase a mesma coisa que assumir que a mulher é uma “quota”, sim, uma quota, e não uma mulher!

Eu sei, eu sei que, no fim deste período eu serei apelidado de “gajo que virou à direita”, que está contra as mulheres, que não quer nem deseja a sua emancipação.

Mas todos sabem, esses, que me “estou nas tintas” para o que uma tropa fandanga diz ou pensa!

A pior coisa que pode acontecer às mulheres é serem tratadas como seres inferiores. Aliás, tudo que seja dia do que quer que seja, não é forma digna de se “atacarem” os problemas, denunciar abusos, mas tão só esconder, logo a seguir ao dia que os problemas existem. Mais, que a grande maioria dos dias do e de não sei quê, sirvam a maior parte das vezes para um exercício de hipocrisia. Ou seja, depois, logo depois, que cada um se desunhe porque “eu já fiz a minha parte”!

Os festejos ou festividades estão e andam na moda. Por todas as razões. Até pelas menos razoáveis.

Um dia destes, já passaram alguns anos, li embevecido uma entrevista a uma senhora – parece-me até que de senhora teria pouco – afirmar que tinha um grande orgulho da filha frequentar um curso de dança do varão. Não sei se alguma vez foi ver a filha a actuar num cabaret, e observar a grande maioria dos homens a babar-se, e algumas mulheres ciumentas porque “aquela” tinha mais jeito para a coisa.

Estive para ligar à senhora a perguntar se a filha era órfã de Pai, ou se o Pai era tão idiota como a Mãe. Mas desisti da ideia. Seria uma perda de tempo porque de certeza absoluta iria desatar aos gritos, e a dizer, “é um trabalho tão digno como outro qualquer”!

Se assim tivesse acontecido, que poderia eu retorquir à pobre senhora? Nada. Obviamente!

Tenho ideia que, o que um Pai ou uma Mãe deseja para o futuro de alguma das suas filhas, seria dedicar-se a essa arte tão fantástica.

Agora, que já escrevi o que me vai na alma, desejo profundamente que as mulheres, todas elas, as da minha vida e as das outras vidas, sejam respeitadas como seres de primeira e não com apêndices.

Eu eduquei as minhas filhas assim.

E você, fez o mesmo?

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