“Muito do que aprendi nos escuteiros faz parte de mim”

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Foto: Jot’Alves

 

João Armando Gonçalves, professor do ensino superior e vereador na Câmara da Figueira da Foz, preside ao Comité Mundial do Escutismo

 

Como é que chegou ao topo do escutismo mundial?

Sou uma espécie de presidente do conselho de administração, com cerca de 20 pessoas do mundo inteiro, que representa um movimento que tem mais de 40 milhões de pessoas de todo o mundo. Comecei na Figueira da Foz, quando tinha 13 anos, e fiquei aqui muito tempo, até ser dirigente. Em 2003, é-me proposto candidatar-me ao comité europeu. Na altura, fui eleito para dois mandatos, que era o máximo permitido. Depois, também me foi sugerido, através de uma vaga de fundo, que me candidatasse ao comité mundial. Fui eleito para o primeiro mandato, em 2011, e, em 2014, recandidatei-me e fui reeleito. Em agosto, termino o mandato.

 

Os contactos proporcionados pelo cargo que ocupa estão a fornecer-lhe uma visão diferente do mundo?

Sim. Esse contacto muda completamente a ideia que temos do mundo. Acho que é uma daquelas coisas que nos faz falta. Essencialmente, a diferença que encontro, relativamente àquilo que era a minha conceção do mundo, é que, no fundo, os seres humanos são todos iguais, naquelas que são as relações mais básicas da relação com a família, o amor pela parceira ou pelo parceiro, pelos pais… Depois da camada que a cultura põe em cima de nós, na essência, somo todos seres humanos, pessoas.

 

De que forma o escutismo molda o caráter do indivíduo?

Como é que fazemos florescer o caráter? Através de um método ativo de educação não formal, que tem vários elementos: a vida na natureza, a relação com os mais velhos, a igualdade de género. (…) Muitas das coisas que aprendi nos escuteiros fazem parte de mim: saber liderar um grupo, conduzir um projeto, a capacidade de decisão perante dificuldades, tentar encontrar uma solução criativa…

 

O que é que a política e o escutismo têm em comum?

Segundo a minha visão da política, tem a ver com esta preocupação pela comunidade. Servir, estar à disposição.

 

Está disponível para o terceiro mandato como vereador na Câmara da Figueira da Foz?

Já chega de serviço público. Não está nos meus planos. Com certeza, o candidato [do PSD à Câmara da Figueira da Foz, Carlos Tenreiro] vai arranjar pessoas com muito mais valor e disponibilidade. | Jot’Alves

 

Legenda: João Armando Gonçalves, presidente do Comité Mundial do Escutismo

 

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra, hoje, pelas 21H00, na Foz do Mondego Rádio (99.1FM), e vista na Figueira TV.

 

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