“Considero-me uma pessoa de causas”

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És um fotojornalista de coisas ou de causas?
Considero-me uma pessoa de causas. O meu trabalho dá esse seguimento. O meu trabalho exige-me algumas responsabilidades e sinto necessidade de responder a mim próprio. Por isso, faço as coisas pelas causas.

Sendo fotojornalista e fazendo trabalhos paralelos, sentes que podes comprometer o distanciamento e a isenção que te são exigidos?
Em todas as exposições que fiz, nomeadamente as duas últimas, tentei mostrar abordagens que gostava de ter visto nos jornais. Por isso, acho que as pessoas diferenciam muito bem esta questão e eu também sei até onde posso ir. Há uma linha invisível que garante a minha isenção, mas as pessoas esquecem-se que os jornalistas também são pessoas e que têm sentimentos.
Tens-te focado na erosão costeira em São Pedro e na barra da Figueira da Foz. Pretendes manter este registo?
Realmente, tenho uma relação muito forte com o mar, e não consigo viver sem estar perto do mar. A erosão e a barra são dois assuntos que têm sido discutidos; e como sinto obrigação de o fazer, tenho um olhar atento. É um assunto que me preocupa bastante e acho que deve preocupar a todos os figueirenses.

A celeuma gerada em torno da exposição “Alerta Costeiro 14/15” contribuiu para a sensibilizar a opinião pública sobre a erosão costeira?
As pessoas ficaram mais sensibilizadas para a questão de erosão costeira. Até hoje, efetivamente, foi a única coisa que se tentou fazer naquele lado. Foi a primeira vez que senti que a comunidade de São Pedro se juntou para tentar fazer alguma coisa.
Depois veio a exposição em formato de jornal e a plantação de pinheiros. Que balanço fazes das iniciativas?
Há muitas leituras que se podem fazer. Estou orgulhoso daquilo que fiz, mas não estou satisfeito, porque não fui bem-sucedido: houve muitos pinheiros que morreram. Mas tentei fazer alguma coisa.

Informação completa na edição impressa

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