Opinião: Coimbra B

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João Vaz, consultor de sustentabilidade

Sair de Lisboa, de comboio, após as 19H00 implica esperar mais de uma hora em Coimbra-B até que haja ligação para a Figueira. A este desencontro nos horários soma-se uma estação disfuncional e anacrónica. Estar sentado é desconfortável. Acesso à internet não há. O espaço da sala de espera tem poucas tomadas elétricas, e as poucas que têm estão avariadas ou são inacessíveis. Parece que o engenheiro eletrotécnico que projetou a instalação esteve a gozar connosco. Há umas tomadas acima de um relógio de parede, onde ninguém chega.

O espaço tem mau aspeto, paredes sujas e manchadas. Isto pouco tempo após obras de remodelação (2014?). Manutenção? Não deve haver. A climatização não funciona e há manchas negras à volta das saídas de ar. As casas de banho da estação assustam e só mesmo a extrema necessidade as torna utilizáveis.

O café de Coimbra-B é uma lástima. Um ambiente igual há 30 anos atrás, um serviço de balcão fraco, longe daquilo que é a norma no resto da Europa. Enfim, sinto que estou numa espécie de Portugal-B “parado no tempo”.

Para quem vem do estrangeiro, esta Coimbra-B representa um cartão de visita negativo. Envergonha-nos. Gostaria de pensar que o presidente da CP, o dr. Manuel Queiró, deve sentir que a REFER (agora Infraestruturas de Portugal, responsável pela estação de Coimbra-B) não cumpre com a sua missão: estações funcionais, asseadas e que sirvam os clientes.

 

 

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