O presidente da Câmara da Figueira da Foz defendeu, ontem, na assembleia municipal, a municipalização das zonas protegidas.
João Ataíde lembrou que 66 por cento do território do concelho está sob jurisdição de outras entidades. Por isso, ilustrou: “Temos de lutar muito para podermos intervir num metro quadrado”.
Por outro lado, acrescentou que “houve excesso de zelo do Instituto Nacional da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que não fazia nem deixava fazer”, apontando o caso da pavimentação das estradas da Serra da Boa Viagem, pela autarquia, cuja autorização “demorou anos” a obter.
O ICNF, sustentou ainda o autarca, “não tem conhecimentos nem meios [para gerir as áreas protegidas]”.
A zona das lagoas, no Bom Sucesso e Quiaios, é uma das áreas protegidas. Para a primeira freguesia, recorde-se, foi aprovado um complexo turístico, embora com menores dimensões do que aquelas que o promotor pretendia.
Entretanto, a crise adiou a construção. Agora, João Ataíde defende que “o campo de golfe do Bom Sucesso terá de ser reconduzido para outro projeto”, sugerindo que seja de “ordem ambiental”. E já deu nota disso ao promotor.
O edil respondia ao deputado municipal do PSD Teotónio Cavaco, que o questionou sobre aqueles e outros assuntos, um dos quais a Base Aérea da Monte Real, que a Região Centro pretende que também seja utilizada como aeroporto civil.
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